terça-feira, 5 de janeiro de 2016

SAUDADES DO FUTURO.






Sinto saudades do futuro e não sei explicar a razão! Apesar de um esforço dialético absurdo, não consigo. Talvez nem seja mesmo possível... Ora, não é a saudade algo inerente ao passado? Por quê, então, me vem em relação ao misterioso futuro?  Pergunto isso a mim mesmo constantemente. Então, como resolver tal equação temporal/sentimental?!?! A única solução que me aparece, meio que empiricamente, é a que não se trata de saudade, mas, sim, de um forte e inderrogável desejo de alcançar um objetivo que se coloca lá adiante. É... confesso! Talvez seja essa mesmo a explicação mais plausível. Talvez eu tenha confundido tudo com o sentimento de saudade porque seja reflexo de certo desânimo que a luta contra o tempo traz em si; não pela dureza do combate, mas, todavia, pela ideia que ainda levará dias pra se alcançar o objetivo. Mas a vida é constituída de tempo e o tempo não pode ser inimigo! Então, por que não vê-lo como aliado? Como uma ferramenta assestada ao alcance do próprio desiderato? É, sim!! Por que não? Ora, se eu não posso encurtar o tempo, por quê, então, não transformá-lo em aliado? Como? Pois bem, muito simples: é preciso partir da certeza de que o tempo tem um propósito e, tal fim, por lógica, serve para que algo seja alcançado, como meio, antes de se alcançar a meta final. É preciso amadurecer, antes de ser um bom profissional. É preciso crescer, antes de ser um pai. É preciso aprender, antes de ser um professor. É, sobretudo, preciso se conhecer, antes de ser feliz. Perceba que antes de tudo, antes de qualquer conquista, há sempre um degrau antecedente e é justo nesse "meio" que devemos nos concentrar. Se a tristeza e a felicidade se alternam, claro fica que a única constante é esta alternância e, assim, não há motivos para nos rendermos a um ou outro sentimento. É preciso, então, acreditar que a vida possui como propósito o autoconhecimento e apenas dele advém a felicidade real.  Continuemos na luta, ainda que entre uma jornada e outra paremos para descansar e retomar o fôlego. A conquista do objetivo é resultante do embate e, às vezes, o suposto objetivo, colocado lá na frente, na verdade, não é mais nada, senão, um mero consequente do diálogo entre vitórias e derrotas colhidas no tempo. Força e fé sempre pelo caminho!       

P.S.: Temos um ano inteiro ainda pela frente. Então...
 

2 comentários:

Mulher na Polícia disse...

Oi,

Tem alguém aí?

artorius disse...

Sim... tem alguém aqui!
E por aí?
:)