Sinto
saudades do futuro e não sei explicar a razão! Apesar de um esforço dialético
absurdo, não consigo. Talvez nem seja mesmo possível... Ora, não é a saudade
algo inerente ao passado? Por quê, então, me vem em relação ao misterioso
futuro? Pergunto isso a mim mesmo
constantemente. Então, como resolver tal equação temporal/sentimental?!?! A
única solução que me aparece, meio que empiricamente, é a que não se trata de
saudade, mas, sim, de um forte e inderrogável desejo de alcançar um objetivo
que se coloca lá adiante. É... confesso! Talvez seja essa mesmo a explicação
mais plausível. Talvez eu tenha confundido tudo com o sentimento de saudade porque
seja reflexo de certo desânimo que a luta contra o tempo traz em si; não pela
dureza do combate, mas, todavia, pela ideia que ainda levará dias pra se
alcançar o objetivo. Mas a vida é constituída de tempo e o tempo não pode ser
inimigo! Então, por que não vê-lo como aliado? Como uma ferramenta assestada ao
alcance do próprio desiderato? É, sim!! Por que não? Ora, se eu não posso
encurtar o tempo, por quê, então, não transformá-lo em aliado? Como? Pois bem,
muito simples: é preciso partir da certeza de que o tempo tem um propósito e,
tal fim, por lógica, serve para que algo seja alcançado, como meio, antes de se
alcançar a meta final. É preciso amadurecer, antes de ser um bom profissional. É
preciso crescer, antes de ser um pai. É preciso aprender, antes de ser um
professor. É, sobretudo, preciso se conhecer, antes de ser feliz. Perceba que
antes de tudo, antes de qualquer conquista, há sempre um degrau antecedente e é
justo nesse "meio" que devemos nos concentrar. Se a tristeza e a
felicidade se alternam, claro fica que a única constante é esta alternância e,
assim, não há motivos para nos rendermos a um ou outro sentimento. É preciso,
então, acreditar que a vida possui como propósito o autoconhecimento e apenas
dele advém a felicidade real. Continuemos
na luta, ainda que entre uma jornada e outra paremos para descansar e retomar o
fôlego. A conquista do objetivo é resultante do embate e, às vezes, o suposto
objetivo, colocado lá na frente, na verdade, não é mais nada, senão, um mero
consequente do diálogo entre vitórias e derrotas colhidas no tempo. Força e fé
sempre pelo caminho!
P.S.: Temos um ano inteiro ainda pela frente. Então...
2 comentários:
Oi,
Tem alguém aí?
Sim... tem alguém aqui!
E por aí?
:)
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